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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O jornal i vai oferecer obras de Fernando Pessoa a partir de 30 de Outubro

O jornal i vai passar a oferecer, gratuitamente, sempre às sextas-feiras, uma obra "essencial" de Fernando Pessoa. A iniciativa - feita em conjunto com a Guimarães editores - vai durar 10 semanas e começa já no próximo dia 30 de Outubro. São estas as obras a serem oferecidas:
- Mensagem (Fernando Pessoa): 30 de Outubro
- O Banqueiro Anarquista (Fernando Pessoa): 6 de Novembro
- O Guardador de Rebanhos (Alberto Caeiro): 13 de Novembro
- A Essência do Comércio (Fernando Pessoa): 20 de Novembro
- Soneto já Antigo e outros Poemas (Álvaro de Campos): 27 de Novembro
- Sobre a República (Fernando Pessoa): 4 de Dezembro
- Prefiro Rosas, Meu Amor, à Pátria e outras Odes: 11 de Dezembro
- Aviso por Causa da Moral e outros Textos (Álvaro de Campos): 18 de Dezembro
- Liberdade e outros Poemas Ortónimos (Fernando Pessoa): 24 de Dezembro
- Páginas do Livro do Desassossego (Bernardo Soares): 31 de Dezembro
Além de necessariamente ser uma acção de promoção do jornal, esta distribuição é motivada pelos 75 anos da Mensagem de Fernando Pessoa, que se comemoram este ano.

Como noticiámos ontem, o Jornal i vai oferecer algumas obras de Pessoa nas suas edições de sexta-feira, até 31 de Dezembro. Mas sabemos agora que a homenagem a Pessoa vai mais longe, com a publicação de textos inéditos "desenterrados" pelo investigador Jerónimo Pizarro, ao longo de todas as semanas - 1 texto inédito por cada obra oferecida.Temos naturalmente de louvar esta iniciativa do Jornal i, que assim não só ajuda na divulgação da obra Pessoana já conhecida, como da obra inédita que muitas das vezes apenas surge em jornais e publicações de crítica literária, com um público muito restrito.O primeiro texto inédito saiu ontem e está disponível neste link. (Se tiverem dificuldade no download, o ficheiro PDF pode ser encontrado também aqui). Segundo Pizarro, "trata-se do diálogo entre um cristão e um católico e está encimado pela indicação «Fab. N. J.» («Fábulas para as Nações Jovens»), título de um conjunto de trechos tardios que Henrique Chaves revelou parcialmente em "Pessoa Inédito" (1993) e que Zetho Cunha Gonçalves reeditou em "Contos, Fábulas & outras ficções" (2008). Estas fábulas de carácter político - muito diferentes da única fábula que Pessoa publicou em vida, em 1915 - serão de cerca de 1932".
Agradecemos ao Prof. Pizarro a gentil colaboração, nomeadamente o envio do PDF original.

Esta informação foi retirada do blog www.umfernandopessoa.blogspot.com apenas com o objectivo de divulgação.

3 comentários:

Maria Josefa Paias disse...

Vi o anúncio desta iniciativa no JL, esta semana, na Biblioteca Municipal, enquanto aguardava para ser atendida. Uma iniciativa excelente para quem ainda não conhece Fernando Pessoa e os seus heterónimos, uma vez que algumas publicações são apenas parciais.
Colocou-se-me a questão de a anunciar ou não, uma vez que a campanha é de um jornal, como aliás já outros jornais e revistas vão praticamente oferecer, também esta semana, livros de jornalistas escritores e de escritores jornalistas, e eu "cortei relações" com os jornais há já alguns anos, quando todos se tornaram sensacionalistas, superficiais e pouco credíveis. Assim, quando há iniciativas destas, divido-me entre a alegria de determinados escritores chegarem a mãos que, de outro modo não chegariam, e o interesse publicitário e comercial de quem a tomou.
Mas por que é que eu hei-de ser assim? São um autêntico fardo estas minhas questões éticas e de querer ser coerente. Até «O Mundo Pessoa" o publicitou!
Um beijinho
Josefa

Maria Josefa Paias disse...

Fui responder a outros comentários e, entretanto, lembrei-me de lhe vir perguntar se estaria interessada em que o partilha de silêncios fosse membro honorário do nosso Clube dos Desassossegados, o que me agradaria muito. Poderemos contar com ele?
Beijinhos.
Josefa

Maria Ribeiro disse...

ACHO BEM, até porque penso como GARRETT e SOPHIA, quando declaram que a cultura deve atingir todas as camadas sociais. E Pessoa é, para mim, um dos maiores poetas do séculoXX.
ABRAÇO DE LUSIBERO