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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nas cidades a vida é mais pequena

Foto: retirada da Net

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo....
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar
para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os
nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos".

6 comentários:

Mar Arável disse...

Bem-vinda ao meu mar

Partilhar silêncios

pois claro

Maria Josefa Paias disse...

partilha de silêncios,
Muito adequados imagem/poema e belíssimos.
Se quiser que coloque uma nota desta publicação no nosso Clube, diga.
Bjs

Ana Paula Sena disse...

Um sentimento que há muito me invade, em comunhão com o poema: "nas cidades, a vida é mais pequena". E é mesmo!
Por isso, são muitas as vezes que sinto necessidade de ir até à imensidão longínqua dos espaços abertos... :)

Um beijinho.

Maria Ribeiro disse...

PARTILHA DE SIL~ENCIOS: venero ALBERTO CAEIRO, a simplicidade na complexidade... Que mundo pode ser mais bonito que aquele que ele vive como CAEIRO?
BEIJO DE LUSIBERO

partilha de silêncios disse...

Josefa
Desculpe só agora responder, estive ausente. Em relação à sua pergunta, eu não sei o que é habitual fazer, portanto deixo ao seu critério.

Obrigada

um beijo

Graça Pires disse...

Sempre fantástico o Alberto Caeiro. É de todos os heterónimos de Pessoa o que mais gosto.
Beijos e as melhoras.