domingo, 9 de setembro de 2012
Há muito que são velhas vestidas de preto até à alma
Há muito que são velhas vestidas
de preto até à alma.
Contra o muro
defendem-se do sol de pedra;
ao lume
furtam-se ao frio do mundo.
Ainda têm nome? Ninguém
pergunta, ninguém responde.
A língua, pedra também.
Eugénio de Andrade
Foto de Carlos Lopes Franco- Galeria Olhares