
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo....
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque eu sou do tamanho do que vejo
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar
para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os
nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos".
6 comentários:
Bem-vinda ao meu mar
Partilhar silêncios
pois claro
partilha de silêncios,
Muito adequados imagem/poema e belíssimos.
Se quiser que coloque uma nota desta publicação no nosso Clube, diga.
Bjs
Um sentimento que há muito me invade, em comunhão com o poema: "nas cidades, a vida é mais pequena". E é mesmo!
Por isso, são muitas as vezes que sinto necessidade de ir até à imensidão longínqua dos espaços abertos... :)
Um beijinho.
PARTILHA DE SIL~ENCIOS: venero ALBERTO CAEIRO, a simplicidade na complexidade... Que mundo pode ser mais bonito que aquele que ele vive como CAEIRO?
BEIJO DE LUSIBERO
Josefa
Desculpe só agora responder, estive ausente. Em relação à sua pergunta, eu não sei o que é habitual fazer, portanto deixo ao seu critério.
Obrigada
um beijo
Sempre fantástico o Alberto Caeiro. É de todos os heterónimos de Pessoa o que mais gosto.
Beijos e as melhoras.
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