Foto: Google
Nem tudo é
lei da vida ou lei da morte.
Há limbos
onde o homem desconhece
Essa
dimensão hostil.
É quando
ama, ou sonha, ou faz poemas,
E a própria
natureza o não domina.
Então, livre
e perfeito,
Paira no
tempo como o pó suspenso.
Nem céu, nem
terra, nem sujeito
Ao pesadelo
de nenhum consenso.
Miguel Torga
in “Diário VII”