Porque
resistimos tanto a parar e a encontrar formas de repouso que nos devolvam a nós
próprios? Por uma razão simples: o movimento parece-nos mais fácil de viver.
Ele preenche o tempo, mantém-nos ocupados dentro dos seus círculos em vertigem,
enquanto o repouso tantas vezes começa com a sensação de um esvaziamento,
surpreendente, incómodo, duro de lidar.
Aprender a
repousar é também aprender a libertar-se do imediatismo das nossas
expectativas. Repousar… é dizer “estou aqui à espera de nada”.
José Tolentino Mendonça – “ O Pequeno Caminho das Grandes
Perguntas”