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Há plantas que rasgam o asfalto. Deixam para trás uma
fissura como prova da sua força, do caminho percorrido, da agonia que sufoca
antes da golfada de ar. Como o passar do tempo, a planta que fura o asfalto torna
-se também ela asfalto. Fica a fissura para nos lembrar de que é possível
dançar em contramão. É possível a terra ser o início e não o fim.
Nem todas as árvores morrem de pé – Luísa Sobral