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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Resistência

                                              Foto: Google



 

Resistência

Ninguém me castra a poesia

se debruça e me põe vendas

censura aquilo que escrevo

nem me assombra os poemas


Ninguém me paga os versos

nem amordaça as palavras

na invenção de voar

por entre o sonho e as letras


Ninguém me cala na sombra

deitando fogo aos meus livros

me ameaça no medo

ou me destrói e algema


Ninguém me aquieta a escrita

na criação de si mesma

nem assassina a musa

que dentro de mim se inventa

Maria Teresa Horta